O colchão novo só tem lugar pra um.
Sem espuma e de madeira,
também recusa me abraçar.
À noite, quando tento calar o pensamento,
sua dureza insiste em relembrar
as dores que meus ossos causam ao me virar.
Me dizem
que nao mereço afago algum,
e que pro café
é chão e jejum.
Sem motivo pra levantar,
fico aqui a fitar,
esse colchão novo
maldita hora que foi chegar.