quinta-feira, 8 de agosto de 2013

E esses seres tão pequenos de alma
Cambaleando em saltos tortos,
Para olhar de cima
Toda a miséria que tem dentro de si.

Assim lhes deve parecer menor.

terça-feira, 14 de maio de 2013


Sou das que deixam pra se livrar dos olhos pretos na manhã que segue. Só lá, depois de muito admirar a decadência ordinária que orienta os borrões por cima da pele.

segunda-feira, 6 de maio de 2013
























Estou no meio de gravatas e bater de saltos,
Entre ponteiros e prazos,
Imersa no vigor medíocre da corporação.

Sou trilha incandescente ao limbo,
O fluxo contrário do pulso,
Mais uma na multidão.

Mas vivo em parábola,
Sou ramificação da equação.
Uma reta perpendicular
A toda essa vã repetição.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013















O colchão novo só tem lugar pra um.
Sem espuma e de madeira,
também recusa me abraçar.

À noite, quando tento calar o pensamento, 
sua dureza insiste em relembrar
as dores que meus ossos causam ao me virar.

Me dizem
que nao mereço afago algum,
e que pro café
é chão e jejum.

Sem motivo pra levantar,
fico aqui a fitar,
esse colchão novo
maldita hora que foi chegar.